Para resolver a crise de sentimento
E vencer o medo acalentado em torno da vida
Vivenciar a consciência da realidade
É uma busca silenciosa
Mediante o mergulho no profundo oceano interior
Porque
Ao abrir esse infinito horizonte
Saberemos a diferença
Entre viver e existir...
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
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Ao ler Nietszche, lembrei de você e não pude deixar de copiar o texto:
ResponderExcluir“A grande maioria dos homens suporta a vida sem muito resmungar, e acredita então no valor da existência, mas precisamente porque cada um quer e afirma somente a si mesmo, e não sai de si mesmo como aquelas exceções: tudo extrapessoal, para eles, ou não é perceptível ou o é, no máximo, como uma frágil sombra. Portanto, para o homem comum, cotidiano, o valor da vida baseia-se apenas no fato de ele se tornar por mais importante que o mundo. A grande falta de imaginação de que sofre faz com que não possa colocar-se na pele de outros seres, e em virtude disso participa o menos possível de seus destinos e dissabores. Mas quem pudesse realmente deles participar, teria que desesperar do valor da vida; se conseguisse aprender e sentir a consciência total da humanidade, sucumbiria, amaldiçoando a existência, - pois no conjunto a humanidade não tem objetivo nenhum, e por isso, considerando todo o seu percurso, o homem não pode nela encontrar consolo e apoio, mas sim desespero. Se ele vê, em tudo o que faz, a falta de objetivo último dos homens, seu próprio agir assume a seus olhos caráter de desperdício. Mas sentir-se desperdiçado enquanto humanidade ( e não apenas enquanto indivíduo), tal como vemos um broto desperdiçado pela natureza, é um sentimento acima de todos os sentimentos. - Mas quem é capaz dele? Claro que apenas um poeta: e os poetas sempre sabem se consolar.”
—
NIETZSCHE, F. Humano, Demasiado Humano.